industrializaçao
No final do século XIX e início do XX, algumas indústrias se instalaram no município. Um curtume, em 1895, uma fábrica corantes (Anilinas), em 1916, outra de papel (Fabril), em 1918, e a hidrelétrica Henry Borden, em 1926, que garantiu boa parte força motriz para a capital paulista. Também houve o desenvolvimento das ligações rodoviárias entre o Planalto Paulista e a Baixada Santista, com a melhoria do Caminho do Mar (1925) e a inauguração da Via Anchieta (1947). Esses fatores contribuíram para Cubatão tornar-se um local atrativo para a expansão industrial paulista, nos anos subsequentes.
Em 1955, com a entrada em operação da Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão (RPBC) e, depois, com a implantação da Companhia Siderúrgica Paulista (Cosipa), tem início a industrialização de fato. Essas duas empresas tornaram-se marcos do desenvolvimento industrial e de profundas mudanças sociais no município.
A caracterização geomórfica da região foi decisiva na escolha desse local para a implantação do maior pólo industrial da América Latina. O vale entre montanhas, com abundância de lenha e água, estaria também protegido de ataques da aviação inimiga - vivia-se o auge da Guerra Fria, não esquecido o medo de bombardeios aéreos surgidos na Segunda Guerra Mundial.
Porém, logo se perceberia que área assim protegida impedia a dispersão de poluentes, gerando uma verdadeira catástrofe ambiental que atingiu seu ápice no início da década de 1980. Isso felizmente já é passado: a partir de 1983, com a implantação do Programa de Controle de Poluição, as indústrias passaram a controlar e eliminar as fontes poluidoras, e o vale vem se recompondo em termos ecológicos e agora já é conhecido como Vale da Vida.
A industrialização provocou uma forte corrente migratória para Cubatão. Havia muitos empregos com poucas exigências.