Industria
Na década de 80, o Brasil mergulha numa longa recessão que praticamente bloqueia o seu crescimento econômico. No começo dos anos 90, a produção industrial é praticamente a mesma de dez anos atrás. Ao longo da década, o setor industrial vem perdendo participação no PIB para o setor de serviços.
Em 1997, destacam-se no setor industrial, dois movimentos:
• O aumento da dispersão geográfica da atividade industrial, com a instalação de grandes empresas em regiões que tradicionalmente se mantiveram dependentes da agropecuária e de pequeno porte;
• A internacionalização das empresas industriais e a crescente participação de grupos financeiros no controle total ou parcial de indústrias. A reorganização dos grandes grupos industriais ocorre, principalmente, com as operações de aquisição e fusão de empresas, que acontecem em grande número desde 1995.
Com a abertura da economia ao mercado externo, iniciada no governo Collor, a indústria brasileira tem sofrido grandes transformações. Sua participação no PIB total cai durante os primeiros anos da década de 90: de 41,9% em 1990 passa para 33,4% em 1996, com crescimento de apenas 2,3% nesse ano, inferior ao da agropecuária e ao do setor de serviços. Entre janeiro e outubro de 1997, o setor volta a crescer: atinge 5,1%, índice superior ao acumulado em 1995 e 1997. Mas, em novembro, as mudanças econômicas que se seguiram às fortes quedas nas bolsas de valores no final de outubro ameaçavam desacelerar o setor.
DISPERSÃO INDUSTRIAL
O Sudeste, com a maior concentração industrial do país, tem perdido esse espaço para outras regiões antes marginalizadas. Por exemplo, a Grendene, que se instala em Sobral, Ceará, abrindo 6,2 mil vagas. Atraídas pela mão-de-obra mais barata e por incentivos fiscais, grandes empresas de calçados, de eletrônicos e têxteis vêm investindo em diferentes áreas do país. As montadoras de automóveis começam a se instalar em 1997 fora do estado de