Indicadores Socioeconômicos na Gestão Pública
Análise das diferenças nas condições socioeconômicas entre as grandes regiões do Brasil
Com uma dimensão territorial de mais 8,5 milhões de km2 e uma população superior a 184 milhões de habitantes, o Brasil apresenta importantes diferenças nas condições socioeconômicas das grandes regiões. Destaca-se, inicialmente, que há uma grande desigualdade na distribuição geográfica, demográfica e socioeconômica.
A desigualdade de rendimentos, de oportunidades, de acesso a serviços públicos, entre outros e a persistência da pobreza absoluta e relativa, são traços conhecidos da sociedade brasileira.
Historicamente, o país viveu um forte crescimento econômico após a Segunda Guerra Mundial (1950 a 1970). Porém, a desigualdade cresceu e se tornou um desafio que, até hoje, precisa ser vencido. Para Oliveira (1993, p.8), “a forte desigualdade que permeia a estrutura social do País se manifesta seja pela ótica da produção, seja pela ótica da reprodução”.
Embora alguns indicadores tenham sofrido importantes ganhos, como a redução do analfabetismo e da mortalidade infantil, na década de 1980 o Brasil apresentou importante aumento da concentração de rendimentos e crescimento de favelas e da violência urbana, sendo que esta última permanece até hoje.
Na década de 1990, o país sofreu importantes avanços com a estabilização monetária e a consolidação democrática das relações sociais e políticas. Entretanto, as desigualdades sociais não diminuíram.
A partir da década de 2000, houve um importante crescimento da economia brasileira e, com a implementação de políticas de transferência de renda e valorização real do salário mínimo, o governo conseguiu alcançar uma diminuição nas taxas de pobreza.
Para se ter ideia, a região Nordeste é, atualmente, a terceira maior economia do Brasil entre as grandes regiões. Sua participação no Produto Interno Bruto brasileiro foi de 13,5% em 2009, após a região Sul (16,5% de