Indianismo
Indianismo
Na literatura brasileira, Indianismo é o termo que faz referência à idealização do indígena, por vezes retratado como um mítico herói nacional. Foi uma das peculiaridades do Romantismo no Brasil e que também possui uma extensão, menor que seja nas artes plásticas brasileiras durante o século XIX.
Enquanto no continente europeu os românticos idealizavam o cavaleiro medieval, nesta nação não restava alternativa senão divinizar o indígena, já que aqui não se vivenciou historicamente a Idade Média.
Características
Subjetivismo: Trata os assuntos de uma forma pessoal, de acordo com o que sente, aproximando-se da fantasia.
Idealização: a pátria é sempre perfeita; a mulher é vista como virgem, frágil, bela, submissa e inatingível; o amor é quase sempre espiritual e inalcançável.
Sentimentalismo ou saudosismo: Certos sentimentos como a saudade (saudosismo), a tristeza, a nostalgia e a desilusão são constantes na obra romântica.
Egocentrismo: Cultua-se o “eu” interior, atitude narcisista em que o individualismo prevalece microcosmos (mundo interior) X macrocosmos (mundo exterior).
Liberdade de criação: Recusa formas poéticas, usa o verso livre e branco, libertando-se dos modelos greco-latinos, tão valorizados pelos clássicos, e aproximando-se da linguagem coloquial.
Medievalismo: Há um grande interesse dos escritores do romantismo pelas origens de seu país, de seu povo; por exemplo, na Europa eles retornam a Idade Média.
Pessimismo: Conhecido como o “mal do século”. O artista se vê diante da impossibilidade de realizar o sonho do “eu” e, desse modo, cai em profunda tristeza, angustia solidão, inquietação, desespero, frustração, levando-o muitas vezes ao suicídio, solução definitiva para o mal do século.
Escape Psicológico: Espécie de fuga. Já que o romantismo não aceita a realidade, volta ao passado, individual (fatos ligados ao seu próprio passado, a sua infância) ou histórico (época medieval).
Religiosidade: Como uma