Indianismo
O Indianismo, que idealizou o índio enquanto herói nacional, foi uma das formas que o Romantismo assumiu na literatura brasileira durante o século XIX. Na Europa, o Romantismo foi buscar seu herói nos cavaleiros medievais. No Brasil, o herói cavaleiro não poderia existir, pois não houve Idade Média; os portugueses também não poderiam ser os heróis, pois o Brasil acabara de conquistar sua independência, mantendo, por essa razão, ressentimentos em relação aos portugueses; muito menos os negros, vindos da África, pois o pensamento da época não permitia isso. Restaram os índios, a população que habitava o país antes da conquista europeia. Contudo, divergindo do Indianismo, e voz marginal dentro do Romantismo, Castro Alves passou à História como o "Poeta dos Escravos", ao criar poemas abolicionistas como Navio negreiro e Vozes d'África. Um dos fatos que estimulou o surgimento do romantismo no Brasil, foi a proclamação da independência em 1822, que, por sua vez, iniciou a definição da identidade brasileira. Conhecidos também como nativistas, povoam seus romances e versos de índios que correm livres em seu meio natural e belo. É importante lembrar, que a preocupação romântica não era reconstituir uma verdade histórica, mas sim encontrar valores apresentáveis à seu público leitor, que na Europa era o cavaleiro medieval, e no Brasil, o índio.
Indianismo
O índio era retratado como valente e nobre, livre das corrupções sociais e dos vícios da civilização branca. Ele surge como digno representante da nação brasileira, símbolo da nossa liberdade.
GONÇALVES DIAS
Foi o único a dar realmente uma dimensão poética ao tema do índio.
ALGUMAS OBRAS
"I-Juca Pirama""Canção do Tamoio"
Autores:
Enquanto no continente europeu os românticos idealizavam o cavaleiro medieval, nesta nação não restava alternativa senão divinizar o indígena, já que aqui não se vivenciou historicamente a Idade Média.1
O indianismo de Castro Alves trás a poesia