Independência do Brasil
Em 26 de abril de 1821, o D. João VI retirava-se do Brasil e retornava para Lisboa e, também, por decisão do governo português, seu filho, D. Pedro permaneceria no Brasil como príncipe-regente. Durante seu governo, ficou evidente o duplo caráter da Revolução de 1920: para Portugal, a predominância do liberalismo, e para o Brasil a revolução propôs a recolonização, sendo, portanto, conservadora. As medidas tomadas pelas Cortes para a recolonização começou na área econômica como a elevação das taxas alfandegárias sobre produtos ingleses. Aparentemente, esta medida era o esforço do governo português para excluir a predominância inglesa no país, entretanto, na verdade, a medida havia a intenção de recuperar o monopólio do comércio brasileiro. Além desta medida econômica, havia também medidas administrativas e políticos, como as províncias brasileiras declaradas independentes do Rio de Janeiro e subordinadas diretamente a Lisboa; as tropas portuguesas e brasileiras deveriam unir-se num corpo único, sob o comando português; suprimir os tribunais do Rio de Janeiro e transferir para Lisboa a Mesa de Consciência e Ordens, o Conselho da Fazenda, a Junta de Comércio, a Casa de Suplicação e outras repartições do Estado instaladas no Brasil; as províncias brasileiras sendo governadas por Juntas Provisórias aprovadas por Lisboa e a autoridade militar em cada província ficaria a cargo dos Governadores de Armas, subordinados diretamente às Cortes.
A recolonização portuguesa provocou reações no Brasil, marcada pelo o antagonismo de duas facções liberais reunidas no Partido Brasileiro. De um lado, os grandes proprietários de terras (a aristocracia rural) liderados por José Bonifácio que defendia a manutenção do Reino Unido e eram contra o rompimento com Portugal. Do outro, setores urbanos (intelectuais, profissionais, liberais e pequenos comerciantes) considerados como radicais, pois, além da quebra de laços com Lisboa, alguns dos membros eram