Independência do brasil
O processo da Independência do Brasil teve relação direta com os acontecimentos europeus do início do século XIX, principalmente, com o Bloqueio Continental, decretado por Napoleão Bonaparte, em 1806. A partir desse decreto, todos os países europeus estavam proibidos a comercializar com os britânicos. Em caso de desobediência, o país seria invadido e ocupado pelas tropas napoleônicas.
Parceiro comercial do reino britânico, de longa data, Portugal se transformou na peça fundamental dessa luta. Se Portugal aceitasse as imposições francesas, não seria invadido, mas perderia as mercadorias industrializadas inglesas tão necessárias para a vida do país.
Estava no governo português, o príncipe-regente D. João, já que sua mãe, a rainha D. Maria I, era doente mental e não governava desde 1792. A solução encontrada foi a fuga da corte portuguesa para sua colônia mais rica, o Brasil. No dia 29 de novembro de 1807, partiu de Lisboa, escoltada por tropas inglesas. No dia seguinte, as tropas francesas invadiram Lisboa.
Quando é resolvida a questão na Europa, com a queda do poder de Napoleão, a família real portuguesa e sua corte retornou à Lisboa. D. João retomou o reino de Portugal, deixando seu filho, D. Pedro, como regente do Brasil. Diante do prestígio adquirido por D. Pedro aqui no Brasil, D. João é aconselhado a chamá-lo de volta à corte portuguesa em 1822.
O ano de 1822 começou dramaticamente para D. Pedro. No dia 1º de janeiro, ele recebeu o manifesto escrito por José Bonifácio, assinado por toda a junta provincial de São Paulo e do Rio de Janeiro. Segundo o documento, as Cortes de Lisboa, baseadas "no despropósito e no despotismo" buscavam impor ao Brasil "um sistema de anarquia e escravidão".
Após ler o manifesto, D. Pedro anunciou solenemente sua decisão: "Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico", em 9 de janeiro . No dia 11, as tropas portuguesas tentaram obrigar o príncipe a embarcar para Lisboa.