Independência do Brasil
Em Outubro de 1807, o representante inglês em Lisboa, lorde Strangford, impôs a D. João de Bragança, o príncipe regente, um acordo secreto, segundo o qual a família real e a sede do governo seriam transferidas para o Brasil sob a proteção da poderosa esquadria inglesa. Em troca, a Inglaterra teria algumas vantagens: estabelecer bases militares na ilha da Madeira; utilizar os portos brasileiros; tarifas alfandegárias preferenciais para seus produtos.
A corte embarcou em 29 de Novembro, quando já chegavam em Portugal as notícias do avanço das tropas napoleônicas comandadas por Junot.
Quando o príncipe regente D. João e toda a família real portuguesa chegaram ao Brasil, em 1808, a colônia transformou-se em sede do governo imperial português. A colônia deixava, paradoxalmente, sua situação de colônia para ser o centro do império. Iniciavam-se, assim, os caminhos brasileiros para a independência.
A abertura dos portos e seus significados – No dia 22 de janeiro de 1808, os navios em que estavam D. João e parte da corte chegaram ao porto de Salvador. Poucos dias depois, o príncipe assinava o seu primeiro decreto no Brasil.
Escrita na Bahia, em 28 de Janeiro de 1808, a carta régia que determinava a abertura dos portos do Brasil às nações amigas foi a primeira medida oficial do príncipe regente.
Para o Brasil, a abertura dos portos marcava o fim do monopólio do comércio imposto pela metrópole durante três séculos. Houve um notável crescimento do comércio de importação/exportação nos principais portos da colônia, especialmente no Rio de Janeiro.
A pauta de importações do Brasil, após 1808, passou a constituir-se de gêneros provenientes dos quatro continentes. E o Brasil exportava açúcar, algodão e outros gêneros agrícolas.
O conde de Linhares e lorde Strangford assinaram os acordos de 1810, estabelecendo por, 14 anos, que: os ingleses teriam liberdade comercial com as colônias portuguesas; sobre as mercadorias britânicas incidiram 15% de