imunodiagnóstico
A amebíase, doença causada pelo protozoário Entamoeba histolytica, é considerada importante causa de morbi-mortalidade no homem. A transmissão se dá por meio da ingestão de alimentos e água contaminada, podendo ocorrer ainda transmissão de pessoa a pessoa em hospitais, asilos e presídios. Cerca de 90% dos indivíduos são assintomáticos e, quando sintomáticos, aparecem manifestações decorrentes da invasão da mucosa intestinal pelo parasito
(AQUINO, 2001; SILVA et al, 2005).
O emprego do imunodiagnóstico e da biologia molecular têm mostrado boa sensibilidade e especificidade para a detecção da amebíase, sendo possível distinguir E. histolytica de E. díspar. Devido ao alto custo, ainda não estão disponí- veis para uso regular no diagnóstico, porém tem auxiliado em estudos epidemiológicos que resultam no conhecimento da prevalência da amebíase no mundo (GOMES, 2002;
SILVA et al, 2005).
A imunofluorescência indireta (IFI) é um método com boa sensibilidade e especificidade, porém os títulos são baixos em todas as fases da amebíase ulcerada (AQUINO, 2001).
Em estudos realizados por Póvoa et al (2000), a IFI apresentou baixa soropositividade, se comparado com o teste de
ELISA, fato que pode ser decorrente do parasito permanecer no lúmen intestinal e, assim, não dar estímulo à resposta humoral. Portanto, este método apresenta limitações no diagnóstico da amebíase intestinal.
Silva et al (2005) realizaram estudos em pacientes residentes na cidade de Belém, Pará, Brasil para a pesquisa de antígenos de E. histolytica em amostras fecais, utilizando enzimaimunoensaio disponível comercialmente e métodos parasitológicos (direto, Hoffman e Faust et al.). Detectou-se discordância nos resultados dos métodos de ELISA e coproscópico, com maior número de positivos no teste imunoenzimático. Desta forma, o teste ELISA tem se mostrado eficaz no diagnóstico da amebíase, sendo os resultados de detecção de coproantígenos comparados aos das técnicas