Impressionismo
“Se eu puder ver um dia o jardim de Claude Monet, eu sinto que entrarei num jardim de tons e cores mais do que flores, um jardim que deve ser menos que o antigo jardim-florista e mais um jardim-colorista, se assim podemos dizer, flores dispostas num conjunto que não têm nada de natural, já que se semeou de modo a florirem ao mesmo tempo aquelas cujas nuances combinam e se harmonizam infinitamente, numa extensão azul ou rosada, e que esta intenção do pintor fortemente manifesta desmaterializará, de algum modo, tudo aquilo que não é cor.”85
No campo das artes, no início do século XX são realizadas experimentações relacionadas a concepção de um espaço contínuo, inseparável das coisas circundantes. Era a concepção cubista do espaço plástico: a arte deixa de ser a representação do mundo, e passa a se tornar uma ação que se realiza. O quadro, por sua vez, deixa de ser a superfície sobre a qual se projeta a representação da realidade, e se torna o plano plástico em que a realidade se organiza. Assim, a obra deveria demonstrar um procedimento que renovasse a própria experiência da realidade86. A partir daí, o sujeito moderno tinha condições de reconstruir um ambiente ao redor de si mesmo, podendo criar mundos inteiros. A forma é reconstruída a cada visada, num contínuo processo de atualização.
O jardim de Monet em Giverny caracteriza-se como jardim Francês com influências jardinísticas do impressionismo, japonismo, Nabis e Art nouveau. Sua forma era totalmente separada da natureza circundante.
Era a concepção cubista do espaço plástico: a arte deixa de ser a representação do mundo, e passa a se tornar uma ação que se realiza. O quadro, por sua vez, deixa de ser a superfície sobre a qual se projeta a representação da realidade, e se torna o plano