implante coclear
INTRODUÇÃO
A surdez profunda é uma deficiência que afeta a personalidade e o convívio social do paciente.
Crianças com surdez profunda muitas vezes são estigmatizadas como tendo distúrbios psiquiátricos como autismo, tamanho o isolamento social que essa deficiência traz. Incapacita os indivíduos de escutarem sons ambientais que muitas vezes constituem sinais de alarme em situações da vida diária, além de não permitir a modulação vocal, tornando a voz esteticamente ruim.
A deficiência auditiva não é uma doença de notificação compulsória, portanto a estimativa de sua incidência é difícil em nosso país. Acredita-se que existam 120 milhões de deficientes auditivos, ou seja, 2,2% da população mundial (World Health Assembly, 1995).
No Brasil, estima-se que existam 31000 pacientes com surdez profunda que necessitam de implante coclear, sendo 13950 indivíduos de 0-18 anos (Berruencos, 2000)
A maioria dos pacientes com perda auditiva, incluindo casos de perdas severas, é beneficiada com o uso de prótese convencional. Porém, por ser um amplificador sonoro, a prótese auditiva necessita de uma reserva coclear suficiente para que possa haver boa percepção do som e discriminação da fala. Nos pacientes com pouca reserva coclear que não conseguem boa discriminação mesmo com amplificação sonora, o implante coclear é uma alternativa para reabilitação da deficiência auditiva.
O implante coclear é uma prótese eletrônica introduzida cirurgicamente na orelha interna. Ao contrário da prótese auditiva convencional, o implante coclear capta a onda sonora e transforma em impulso elétrico estimulando diretamente o nervo coclear.
A idéia do implante coclear começou na década de 30/40, porém somente em 1957 Djourno e
Eyries descreveram pela primeira vez os efeitos da estimulação do nervo auditivo em um indivíduo surdo, com a colocação de fio metálico no nervo auditivo de um paciente submetido à cirurgia do nervo facial. Segundo o paciente, o ruído