imperio a deriva
Em grandes narrativas historiográficas brasileiras, o autor Patrick Wilcken recria com vitalidade em seu livro Império a Deriva, uma forma divertida, tanto como uma leitura séria e cientifica, em seu subtítulo “A corte portuguesa no Rio de Janeiro 1808 – 1821”. Com 328 paginas o livro aborda a decisão da corte portuguesa em se refugiar no Brasil, da invasão de Portugal pelas tropas napoleônicas, Wilcken como bom escritor e um relevante critico, começa a enquadrar a ação nos tempos que antecederam a inédita tomada de posição e termina, praticamente, com a independência do Brasil, em 1822, entretanto, ele com uma forma de escrita atraente e cativante desta obra, o leitor em sua tradução vai observando não só o que era a vida na corte, mas, também como é que o povo sobrevivia e os modos e costumes da época.
Em começo em seu prefacio o livro começa historicamente, onde é feito a descrição da construção do convento de Mafra em 1717, na cidade de Lisboa em Portugal, sendo mandada sua construção por João V para cumprir um voto de sucessão a D. Ana Maria de Áustria, sendo um importante monumento do barroco em Portugal, assim descrevendo a arquitetura esplendida detalhes de seu interior, em pedra lioz com grandes divisões de seu interior, entre portas e janelas, escadas,... etc; tanta beleza e esplendor sendo quem pagou a conta foi o Brasil, tornando possível pelo afluxo de ouro extraído de nossas terras, para tamanha obra o rei encomendou esculturas e pinturas de mestres italianos e portugueses, e nela retratada na obra uma grande biblioteca, um núcleo conventual, com um hospital da época, 92 sino carrilhões encomendados em Flandres, onde autor diz na página 15 – “Os fabricantes de sinos de Liége e Antuérpia ficaram tão surpreendidos com o tamanho da encomenda recebida de Portugal que puseram em duvida a quantidade, mas a seu tempo mais de uma centena de sinos seria forjada e transportada da Europa até Portugal”. Não sendo residência habitual da