impactos gerados pela disposição de resíduos sólidos urbanos e suas implicações para recuperação de áreas degradadas
Com o aumento do consumo diante doa crescimento da sociedade atual, que ao retirar os recursos da natureza, numa velocidade e escala bem maior do que a sua capacidade de regeneração, geram resíduos dos diversos tipos ocasionando graves problemas sociais e ambientais que afetam o ser humano diretamente e até indiretamente e consequentemente todo o ecossistema.
É notável, que a maior quantidade de resíduos é gerada nos grandes centros urbanos, onde ocorre maior concentração populacional e a aglomeração de sistemas produtivos cujas atividades impactam o meio ambiente e a recuperação de áreas degradas impactadas por acumulo de resíduos é um grande desafio para os gestores ambientais.
O problema da disposição final assume uma magnitude alarmante. Considerando apenas os resíduos urbanos e públicos, o que se percebe é uma ação generalizada das administrações públicas locais ao longo dos anos em apenas afastar das zonas urbanas o lixo coletado, depositando-o por vezes em locais absolutamente inadequados, como encostas florestadas, manguezais, rios, baías e vales. Mais de 80% dos municípios vazam seus resíduos em locais a céu aberto, em cursos d'água ou em áreas ambientalmente protegidas, a maioria com a presença de catadores entre eles crianças, denunciando os problemas sociais que a má gestão do lixo acarreta (IBAMA, 2000).
No Brasil, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB, 2000), se coleta cerca de 228.413 toneladas de resíduos sólidos diariamente, sendo 125.258 toneladas referentes aos resíduos domiciliares. Com isso é evidente a necessidade de se promover uma gestão adequada relacionada à coleta, transporte e destinação final de resíduos, no intuito de prevenir ou reduzir os possíveis efeitos negativos ao meio ambiente ou à saúde