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DE MULTIDÃO A DISCIPULOS
Mateus 9:36 diz: Vendo as multidões, compadeceu-se delas, porque andavam atribuladas e abatidas, com ovelhas que não tem pastor. Então disse a seus discípulos: Na verdade, a colheita é grande mas os trabalhadores são poucos, rogai ao Senhor da colheita que mande trabalhadores para a sua colheita. Jesus estava sempre rodeado de multidão, conduto quando olhava para ela conseguia se identificar com a realidade de cada individuo. Diante da multidão Ele se dirige aos discípulos a fim de desperta-los para essa realidade. A verdade é que multidão não é pensante. Lendo algumas coisas sobre isso percebi que é possível visualizar como geralmente se forma uma multidão. Primeiramente é necessário um acontecimento emocionante, porque multidão se forma para ver algo. Percebemos isso claramente na jornada de Jesus, pessoas e mais pessoas acompanhavam para ver qual seria o próximo acontecimento. Deve se lembrar agora da multidão que se juntou próximo ao ultimo acidente de transito que você presenciou. Multidão não se move por convicção, mas por impulso, curiosidade ou alguma necessidade pessoal. Um acontecimento emocionante desperta emoções das pessoas que já estão próximas, se tocam, comentam, trocam impressões e instintivamente experimentam uma exaltação coletiva que promove uma imagem, uma ideia, então tomados por um espírito coletivo agem como o estouro de uma boiada irracional, impossível de ser contida. Se há o anuncio de inicio de incêndio em uma casa de show é possível que mais pessoas sejam feridas por serem pisoteadas pela multidão do que pelo próprio incêndio. Pessoas quando se sentem multidão se tornam irracionais. Pessoas procuram ser multidão quando não querem que seus atos individuais sejam percebidos. O sentimento de ser multidão parece dar liberdade de ação e anula a culpabilidade do individuo. Vemos isso também em conflitos em campos de futebol, pessoas se perdem por causa dos seus mecanismos de auto preservação, se tornam