Impacto das novas tecnologias da informa o
Impactos das novas tecnologias da informação
A incorporação das novas tecnologias da informação, tanto no âmbito público como no privado, tem-se limitado com freqüência a justificativas eminentemente técnicas. Avolumam-se, todavia, evidências de que esse tipo de abordagem é, em grande parte, responsável pelos decepcionantes resultados obtidos em inúmeras experiências. Constata-se, portanto, uma realidade aparentemente paradoxal: iniciativas de modernização caracterizadas pela incorporação de equipamentos inquestionavelmente mais potentes revelam pífios resultados.
Limitado à experiência de instituições de pesquisa no Brasil, o presente artigo deverá avaliar aspectos desse paradoxo. Particularmente, pretende-se explorar as limitações de uma abordagem técnica, levantando a proeminência de outros fatores, inclusive o da globalização.
Buscou-se inspiração metodológica no novo paradigma da física moderna, o qual constata que os elos da causalidade típicos da mecânica clássica são insuficientes ainda que úteis para explicar fenômenos tanto do micro quanto do macrocosmo, na medida em que insuspeitados níveis de interdependência e auto-organização da matéria contrapõem-se à não menos surpreendente tendência ao caos e à entropia.
Uma das maiores descobertas da física contemporânea foi a de se dar conta de que não existiam entidades físicas independentes, que a realidade era um conjunto de correlações, um emaranhado de eventos interconexos, uma interface entre o observador e observado. É um dos tipos específicos de correlação que chamamos de `partícula'; esta não é mais um grão de areia ou uma bola de bilhar, mas uma troca permanente de energia e informação".
A analogia, portanto, é simples no atual contexto de globalização, potencializada pelas novas tecnologias da informação, é imprescindível reconhecer a emergência de múltiplos e diferenciados níveis de auto-organização das atividades, fenômeno este que transforma os nexos de