Imigrantes no Brasil
Depois de algumas décadas, o café se tornou o principal produto de exportação do Brasil e os imigrantes passaram a trabalhar nas plantações de café. Pessoas de camadas economicamente oprimidas da Itália foram, simultaneamente, por imposição e escolha, de barco com destino a São Paulo devido a uma crise na Europa. A Itália via a imigração como um alívio da pressão social. Até então, o Brasil era visto como um país despovoado, com terras à disposição, demandando mão de obra e a economia em expansão. Havia muita propaganda positiva a respeito do país: guias e folhetos que contavam as facilidades de instalação. Esse período coincidiu com o fim da escravidão no Brasil. Consequentemente, os imigrantes vieram com a passagem paga pelo governo provincial de São Paulo e foram trabalhar principalmente para os cafeicultores paulistas. Chegando de barco no porto de Santos, pegavam trens e bondes até a hospedaria em que ficariam. Essas hospedarias eram insuficientes para receber um grande número de pessoas e com uma única torneira para matar a sede de todos. Além disso, possuíam uma única tina para lavar-se. Sendo assim, esses locais foram cenários de muitas revoltas, solucionadas, muitas vezes, por intervenções policiais.
Geralmente, eram contratados por um fazendeiro ou por agentes na própria hospedaria e admitidos ao trabalho em sistema de colonato. Os fazendeiros arcavam com transporte e despesas iniciais ─ os colonos, então, pagavam as dívidas com o próprio trabalho. Eram fornecidos além de um cafezal: uma moradia, um pasto para criar animais e um pedaço de terra para semear produtos de subsistência ─ ideia que depois foi abandonada pelos donos da terra. Os trabalhadores