iluminismo
As sociedades dos Estados absolutistas eram formadas por diversas classes sociais, dentre as quais eram dominantes a nobreza e a burguesia.
O Estado absolutista alimenta-se do conflito entre essas classes sociais, procurando administrá-lo para preservar uma situação de equilíbrio de forças entre elas. Tirando o máximo proveito dessa coexistência de forças, garantia o poder supremo da monarquia. Isso explica certas contradições do Estado absolutista, como, por exemplo, conceder monopólios de comércio à burguesia, estimular as atividades comerciais e, ao mesmo tempo, oferecer pensões para sustentar uma nobreza cortesã, parasitária e improdutiva.
Com o desenvolvimento do capitalismo, nos séculos XVII e XVIII, a burguesia continuou sua ascensão econômica em importantes países europeus, como Inglaterra e França. Consciente de seus interesses, passou a criticar o Antigo Regime.
As principais características que marcaram as sociedades do Antigo Regime foram:
I. no setor político: poder absoluto dos reis;
II. no setor social: divisão da sociedade em estamentos, onde se distinguiam ordens privilegiadas pelo nascimento e camadas desfavoráveis.
III. no setor econômico: coexistência de relações feudais e relações capitalistas, ora em harmonia, ora em conflitos;
IV. no setor cultural: a intolerância religiosa e filosófica. O Estado e a Igreja intervinham na vida das pessoas, não permitindo a liberdade de religião ou convicção filosófica e política.
Burguesia e Iluminismo
Ao criticar o Antigo Regime, a burguesia foi desenvolvendo sua própria ideologia, baseando-se no seguinte argumento:
I. o Estado só é verdadeiramente poderoso se for rico;
II. para enriquecer, ele precisa expandir as atividades capitalistas;
III. para expandir as atividades capitalistas é preciso dar liberdade e poder à burguesia.
Foi esse argumento burguês que, investindo implicitamente contra os privilégios da nobreza corroeu, aos poucos, o