Ilha das flores
Então, por meio da relação entre o plantador de tomate Suzuki, o supermercado e a Dona Anete, explicou o conceito de troca, venda e lucro. Continuando a história, mostra Dona Anete comprando tomates e carne de porco para fazer jantar para sua família, que aparenta ser de classe média-alta. Entre os tomates que ela comprou no supermercado, tinha um tomate que foi julgado inapropriado para o molho que ela estava fazendo e por isso foi jogado no lixo. A partir da casa da família, mostrou a trajetória do lixo até seu destino, a Ilha das Flores, um depósito de entulho rodeado por água em que habitam porcos, mulheres e crianças. Apresentando uma ironia entre o nome e a realidade do local. Então, os empregados do dono separam os materiais de origem orgânica para os porcos comerem. E o que foi considerado improprio para os porcos, foi cedido para as mulheres e crianças que foram separadas em grupos de 10 pessoas, tendo cada grupo apenas 5 minutos para coletar os restos de alimento do chão. As mulheres e as crianças, diferentemente dos porcos, não têm dono e, devido suas péssimas condições, também não possuem dinheiro. Essa realidade leva à miséria, a fome e a exclusão social. Ao contrário da parcela rica da sociedade, não contam com os fatores socioeconômicos necessários para ter a liberdade que almejam. Ficam apenas a mercê do sistema capitalista, sendo considerados inferiores a todos, inclusive aos porcos, já que estes possuem donos.