Ilha das flores
A primeira visão do documentário Ilha das flores é a de que o ser humano é um ser superior na escala biológica, pois, contém em sua natureza, o polegar opositor e o telencéfalo altamente desenvolvido, estruturas ausentes em outras espécies de mamíferos; sendo assim, cria-se a idéia de igualdade humana em termos evolutivos. Em contra partida, esses mesmos seres humanos igualitários, racionais e emotivos, acabam por si só, se diferenciando por suas ações e desejos. Quando a economia, o dinheiro e o lucro começaram a fazer parte primordial da vida humana, o modo de cada um enxergar o seu semelhante, se tornou desprezível e irreverente. A fim de mostrar essa realidade, Jorge Furtado inicia seu documentário Ilha das Flores. Tudo começa com a história de um agricultor (senhor Suzuki) que vive através da renda adquirida de sua plantação de tomate. Esse tomate vai para o mercado e é consumido por famílias com a de Dona Nete, uma revendedora de perfume a qual usa de suas economias para oferecer o melhor bem-estar de sua família. Esse bem-estar acaba gerando desperdícios, no caso o alimentício. Esses alimentos, o qual não se tem mais utilidade nos domicílios da classe média porto-alegrense, acaba então tomando outro rumo, a Ilha das flores; uma cidade ribeirinha, localizada em Porto Alegre, a qual tem o desprivilegio de servir como depósito de lixo de toda a região. Ao chegar a seu destino, o lixo orgânico ainda se provém de utilidades. Criadores de suínos da ilha se usufruem desse material para tratar de suas criações. Posteriormente, o que não for mais útil aos animais, os criadores, como “bons homens” deixam a disposição da população carente. Assim se inicia a crítica de Furtado, será mesmo que os homens estão a tantos patamares de superioridade dos animais? As evoluções biológicas nos tornaram mamíferos mais racionais e mais adaptados? Tudo leva a crer que não. Conclui-se então que, a implantação de um sistema altamente