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652 palavras 3 páginas
A ÉTICA NA RELAÇÃO ENTRE ADVOGADO E CLIENTE
Por Bruno P. Coratto ⋅ June 23, 2011 ⋅ Deixe um comentário
Feche os olhos e pense em um advogado. Aposto que a primeira imagem que veio à sua mente foi a de um homem com ar importante, vestindo um bom terno, provavelmente segurando uma maleta ou algo do tipo. É assim que a maioria vê os homens da lei, e é como veem o direito: algo superior, distante, talvez incompreensível. E o pior: é assim como muito desses homens veem a si próprios, com presunção e soberba.

Apesar disso, o cotidiano das pessoas está repleto de relações jurídicas, e esse é o motivo desta coluna ter sido criada. Com o intuito de aproximar os leitores e o direito, a “Pé Direito” traz uma análise dos fatos mais comuns do nosso dia a dia sob a ótica legal, não carregada de um ar técnico, mas expressa da forma mais direta e menos prolixa possível, para que se possa desconstruir a imagem cifrada da linguagem jurídica.

Coisas simples como comprar uma caneta ou baixar uma música na internet são relações jurídicas profundamente estudadas durante o curso de direito. Relações de consumo e de trabalho também figuram entre nossos objetos de pesquisa. Os jornais transbordam de notícias sobre corrupção, impostos, crimes, meio ambiente, e tudo isso tem grande ligação com nossas vidas e com a área jurídica. Quem nunca se perguntou o motivo daquele bandido perigosíssimo ter ido para o regime semiaberto, ou “por que as coisas aqui no Brasil são tão caras?”.

Mais do que isso, toda a relação jurídica envolve relacionamento entre pessoas, seja no tribunal, seja de uma forma ainda mais comum: o contato entre advogado e cliente. Para o cliente, o advogado pode ser a última esperança de não se perder a casa, o carro, ou, até mesmo, de não ser preso. Mas para o advogado, quem é o cliente?

Assim como ocorre com todos os profissionais, o público de um advogado é sua base econômica – sem clientes um escritório fracassa em pouco tempo. Apesar disso, muitos juristas

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