Igreja Católica e Comunicação, uma relação de altos e baixos
Poliana Sales Alves
Faculdade Estácio de São Luís, São Luís, MAResumo
Este artigo apresenta a trajetória da interface Igreja e Comunicação, pelas fases apontadas por Marques de Melo (2005) e Joana Puntel (2008). A revisão dos seus escritos nos possibilitou a apresentação da evolução do pensamento comunicacional da Igreja, apartir das seguintes fases: 1) Censura e Repressão; 2) Aceitação desconfiada; 3)Deslumbramento Ingênuo; 4) Avaliação Crítica e 5) Reviravolta. Explicitamos, dessa forma, os avanços do posicionamento pontifício em relação à temática, baseados, ainda, na análise de documentos oficiais publicados pela Santa Sé, pelo Pontifício Conselho para os Meios de Comunicação Social e pela Conferência do Episcopado Latino- Americano.
Palavras-chave: Igreja Católica. Comunicação. Histórico. Relacionamento
Texto do Trabalho
A trajetória do relacionamento entre Igreja e Comunicação começou bem antes do lançamento do Decreto Conciliar Inter Mirifica, primeiro documento de maior expressão a abordar o assunto. Anteriormente, a Igreja já havia se posicionado por meio de encíclicas e declarações, que, entretanto, são documentos oficiais de menor peso. De acordo com Melo (2005, p.38), “uma análise comparativa daqueles textos oferece uma compreensão da trajetória percorrida pela doutrina católica em face da tecnologia da difusão coletiva e que pode ser catalogada sistematicamente em quatro grandes fases”. Essas fases apontadas pelo autor são: a censura e repressão; a aceitação desconfiada; o deslumbramento ingênuo; e a avaliação crítica.
Neste artigo, utilizamos a proposta de Puntel (2008), que considera as quatro fases da análise de José Marques de Melo e acrescenta a quinta fase, contemplando a situação recente, caracterizada pela necessidade de reflexão do magistério eclesial em relação ao mundo da comunicação, conforme quadro abaixo:
FASES DOCUMENTOS
1ª) Censura e