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O filme, que discorre acerca da intolerância racial na aplicação da justiça, contribuiu para minha formação como estudante de Direito ao apresentar a conduta de um advogado que tenta garantir o direito primordial de um ser humano, o direito à vida, através do princípio da isonomia.
Apresenta, também, a questão da promotoria pública que, partindo justamente da preservação do direito à vida, tenta imputar a pena máxima ao réu por ter cometido homicídio qualificado ao fazer justiça com as próprias mãos assassinando os algozes de sua filha, em flagrante.
O ponto central do filme é demonstrar que um homem possui direito à justiça independente de sua cor ou orientação religiosa (isonomia), e que a influência dos valores culturais e sociais de uma comunidade, de um povo, pode levar à injustiça.
Durante o filme nos é apresentada uma questão interessante acerca do cumprimento da justiça. O tutor do advogado cita essa questão ao avaliar que a justiça seria aplicada tanto na vitória do advogado do réu quanto na sua derrota (pela vitória da promotoria).
Com a vitória do réu, em ele sendo inocentado (mediante alegação de insanidade temporária), há a vitória contra uma questão racial, pois o réu "negro" teria sido julgado por um júri "branco" e considerado como um ser humano, independentemente de sua etnia.
Com a vitória da promotoria, em ele sendo condenado (por ter tirado a vida de outros dois "seres humanos"), há o cumprimento irrestrito da lei.
Em minha singela opinião, o réu nunca poderia ser inocentado por justamente ter atentado contra a vida, sendo esse um dos direitos fundamentais do homem.
Não acredito que insanidade momentânea poderia ser utilizada para justificar um ato contra a vida. Seria o mesmo que justificar um roubo a banco, por exemplo, apenas pelo fato do cofre estar aberto.
Porém, como citado inicialmente, por ser um iniciante no estudo do Direito, não disponho de argumentos suficientes para elaborar uma análise mais profunda.