Ideias Econômicas Anteriores a Adam Smith
No inicio da época mercantilista, quase toda a produção ficava a cargo de trabalhadores que eram donos de seus próprios meios de produção e os controlavam. Os capitalistas eram, basicamente, mercadores e seu capital consistia quase todo ele em dinheiro e estoques de mercadorias a serem vendidas. Os senhores feudais ainda controlavam, de modo geral, a produção e ficavam com o excedente entre os dois grupos. Portanto, do ponto de vista dos mercadores, eram as trocas, e não a produção, que geravam seus lucros.
O capital do mercador era propriedade dos meios de compra, transporte e venda ao mesmo tempo em que o Capital Industrial consistia na propriedade dos meios necessários para a produção. Neste período o Capital Industrial era pouco visível, enquanto que o comercial era bem significativo. Portanto, para os mercantilistas a fonte do lucro era a compra e venda.
Primeiros Registros escritos Mercantilistas Sobre Valor e Lucro O capital do mercador gerava lucro, quando o preço pelo qual ele vendia uma mercadoria era suficientemente alto para cobrir o preço pago por ela. Os primeiros pensadores medievais tinham afirmado que o preço de uma mercadoria tinha que ser suficiente para cobrir os custos diretos de produção, suficiente para manter-se no estilo de vida tradicional reputado como sendo adequado para os artesãos. Os primeiros mercantilistas, se concentravam no ponto de venda para analisar os valores. Um estudioso das ideias mercantilistas concluiu que existem três noções importantes sempre presentes em quase todos os primeiros registros escritos mercantilistas sobre a teoria do valor. A primeira é o valor, ou o valor natural das mercadorias, a segunda refere-se às forças da oferta e da procura, que determinavam o valor do mercado. A terceira é que os autores mercantilistas quase sempre discutiam o “valor intrínseco” ou valor de uso como o fato mais importante na determinação da procura, sendo, portanto um