Iatf em fêmeas bos indicus em condições tropicais
Manoel F. Sá Filho1, José Nelio S. Sales1, Gabriel A. Crepaldi1, Pietro Sampaio
Baruselli1
1Departamento de Reprodução Animal, FMVZ-USP, Rua Prof. Orlando Marques de
Paiva, 87, CEP 05508-000, São Paulo-SP, Brasil.
(e-mails: manoelsa@usp.br ou barusell@usp.br)
INTRODUÇÃO
O rebanho bovino brasileiro é composto por mais de 200 milhões de animais (MAPA, 2007), sendo que o gado zebu (Bos indicus) corresponde a aproximadamente 80% desse patrimônio. A predominância dessa raça se deve a maior adaptabilidade às condições climáticas (altas temperaturas e umidade) e a disponibilidade de alimentos (sazonalidade quali-quantitativa da produção de forrageiras) encontrados no Brasil tropical. Porém, apesar dessas características adaptativas dos zebuínos às condições tropicais, na grande maioria dos rebanhos brasileiros observa-se comprometimento nos índices reprodutivos. Dessa forma, torna-se necessária a adoção de técnicas que objetivam melhorar a eficiência reprodutiva, com conseqüente aumento na produção de bezerros e na rentabilidade da propriedade. Aliadas a melhoria da eficiência reprodutiva, as técnicas de melhoramento genético possibilitam selecionar indivíduos com maior desenvolvimento ponderal, rendimento de carcaça, produção leiteira, capacidade de conversão alimentar, precocidade, entre outras características zootécnicas. Assim, a eficiente multiplicação de animais superiores por biotécnicas da reprodução pode proporcionar maior retorno econômico à atividade. Desta forma, elevados índices reprodutivos, associados ao melhoramento genético do rebanho, devem ser metas que norteiam os técnicos e criadores a alcançarem maior produtividade.
Segundo o Anualpec de 2004, o rebanho bovino brasileiro é composto por mais de 73 milhões de vacas e novilhas em idade reprodutiva. Nesse mesmo ano a produção de bezerros foi de aproximadamente 42 milhões, representando taxa de desmama de 57,6%.
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