Husserl- Investigações lógicas
Nos capítulos três e quatro, Husserl apresenta uma construção dos argumentos psicologistas, apontando suas justificações, os contrapontos dos antipsicologistas, as conseqüências empiristas, os partidários do psicologismo (Lipps, Mills, Sgmathe), fazendo um caminho para apresentar propriamente o que se passava/ a crise daquela época, que sinteticamente caia num colapso dos domínios do ideal (conexões ideais) e real (conexões reais, causais) confundindo o ato psicológico de pensar com o conteúdo ideal de significações.
Para os psicologistas, a lógica não era uma ciência separada da psicologia, e sim um ramo da mesma, devendo seus fundamentos teoréticos à psicologia, fazendo parte dela assim como uma parte se faz de um todo. Eles justificam tal argumento, dizendo que a lógica é uma técnica do pensar, julgar, conhecer, ou seja, técnicas de orientação do entendimento na busca da verdade, onde encontramos sempre atividades psíquicas como objetos de regulamentação prática. De tal forma, que pensar é um acontecimento psíquico. Concentrando-se em regras meramente contigentes, episódicas, circunstanciais, por meio da observações sistemáticas, descrições regularizadoras dos fenômenos, realizando saltos inferenciais, os psicologistas concebiam o mundo como uma realidade de fatos naturais, de um realismo ingênuo, percebendo o mundo empiricamente, com um misto de visto e não visto.
Já no partido oposto, acredita-se na separação rigorosa das duas disciplinas, uma vez que na psicologia, pensa-se como é, como acontece, valendo-se de leis da natureza, que portanto são leis contigentes, e já na lógica é o “como dever ser” que está em jogo, de leis normativas, fazendo regras necessárias. Dessa