humanização
1- INTRODUÇÃO
Falar em humanização pode parecer redundante: humanizamos a natureza, os nossos bichos de estimação, os objetos e os ambientes... Mas que sentido tem falar de humanizar um atendimento, uma relação, um profissional e até ao cliente?
O conceito de humanização se sustenta somente se entendermos o ser humano como um trabalho em andamento. Se em andamento uma humanidade, é possível então usar o termo humanização. Quanto mais avançada estiver a obra, maior o grau de humanização. Por mais paradoxal que pareça, o homem tem sido para si próprio, um desconhecido em relação às suas características, qualidades e potencialidades, a ponto do famoso psicólogo William James, introdutor do conceito de auto-estima, declarar:
“Em relação ao que poderíamos ser,estamos apenas meio despertos, utilizamos uma pequena parte dos nossos recursos físicos e mentais. A criatura humana, de uma modo geral, está, portanto vivendo muito aquém de suas reais possibilidades.” (Apud Piotr Zalkowitsch – Comunicação de Impacto,Ed.ISCEP, Salvador,BA,2007 -8ª edição).
Começaremos estudando e analisando o indivíduo no seu grupo, na sociedade, no desempenho de seus vários papéis e como este se relaciona com outros indivíduos. É da maior importância que nos conheçamos. Quanto maior nosso autoconhecimento, maior será nossa capacidade de conhecer o outro e, portanto, melhor a qualidade do nosso servir.
Sócrates disse-nos através de sua frase tão conhecida: “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o universo”. Platão, também afirmou o seguinte: “O homem justo é aquele que se conhece”. Lao Tsé, no seu livro, Tao Te King²1, escrito há mais de dois mil e quinhentos anos, ensina sobre a importância do autoconhecimento:
“Quem conhece a outrem é instruído,
Quem conhece a si mesmo é sábio,
Quem conquista ao outro, tem força muscular,
O que conquista a si mesmo é poderoso”.
Em todos os campos do saber trabalha-se