Hotel Ruanda

UNISUL – Universidade do Sul de Santa Catarina
RELAÇÕES INTERNACIONAIS

BRUNA PEREIRA

ANÁLISE DO FILME HOTEL RUANDA

TUBARÃO,
24 de novembro de 2014
Hotel Ruanda Hotel Ruanda, um filme lançado em 2004, relata a guerra civil no país africano Ruanda, que durou de janeiro a dezembro de 1994 e que resultou em quase um milhão de vítimas. O conflito, representado pelos tutsis e os hutus, é marcado por uma diversidade étnica decorrente dos processos de colonização e descolonização dos países africanos, pois os colonizadores desrespeitaram as diferenças culturais entre as diversas etnias, separando grupos que viviam em harmonia e, muitas vezes, colocando em mesmo território de grupos rivais. Ao se fazer uma análise crítica sobre o ocorrido em Ruanda, baseando-se no filme, é possível observar uma clara violação aos direitos humanos. Estes direitos, que entraram em vigência com a consagração dos ideais da Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948, têm como objetivo a liberdade, a segurança e a integridade física, psíquica e moral da pessoa, assegurando-lhe, ainda, a participação na vida pública. No entanto, no genocídio promovido em 1994 pelos hutus, houve várias discriminações étnicas e raciais contra o povo tutsi, que sofreram ataques violentos, tiveram seus pertences roubados e principalmente, representaram 90% do total de vítimas no conflito. Outro fator que o filme relata é o desinteresse da sociedade internacional perante o conflito em Ruanda e as atrocidades que ocorriam no país africano durante esta guerra civil. Uma das cenas mais importantes do filme demonstra exatamente isso. Paul, que era hutus, mas protegia os tutsis, conversa com o jornalista Jack Daglish e demonstra interesse em avisar a comunidade internacional sobre os acontecimentos em Ruanda para que se mobilize. O jornalista, então, responde: “quando as pessoas verão isso enquanto jantam, se sentirão sensibilizadas e, depois de alguns segundos de indignação, retornarão as