Hospital Sarah
Hospital Rede Sarah, Rio de Janeiro
O auditório esférico e o solário atirantado são os elementos esculturais do projeto
Transição entre áreas externas e internas é gradual
A região de ocupação rarefeita dá sinais de transformação iminente, anunciando-se a construção de empreendimento residencial de luxo e grande escala na vizinhança do novo hospital da Rede Sarah em Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro. Por ora, a arquitetura de João Filgueiras Lima (Lelé) é dominante, com seus 52 mil metros quadrados de área construída e volumes brancos contínuos em contraste com o descampado do entorno.
Esta unidade da Rede Sarah está localizada nas imediações do Centro de Reabilitação Infantil, também projetado por Lelé e inaugurado em 2002, no qual a arquitetura tira partido da vista e de condições climáticas favoráveis, relativas à lagoa de Jacarepaguá.
No novo hospital, contudo, prescinde-se da água como entorno imediato e a interface com a cidade - sobretudo com a movimentada avenida das Américas - é mais próxima. Essa é a razão pela qual Lelé potencializou a interiorização - característica das unidades da rede -, não só através dos recursos de implantação, como também do engenho com que concebe a totalidade dos elementos arquitetônicos. Na edificação em Jacarepaguá, a passagem do ambiente externo para os interiores é gradual, feita através de camadas sequenciais de coberturas e vazios, que resguardam a privacidade e o conforto ambiental interno sem criar barreira rígida ao entorno.
Fig1. Os blocos horizontais se conectam longitudinalmente, enquanto a interface com o exterior ocorre através do suave aclive e de grandes áreas ajardinadas
Fig 2.A cobertura retrátil do auditório tem forma esférica e é composta por gomos de alumínio
Uma marquise sinuosa faz a conexão entre o bloco das internações e o auditório
Os tetos das unidades de internação, por exemplo, são constituídos por esquadria metálica e aletas móveis de