Homossexualidade
Entendemos que as identidades são representações sociais construídas ao longo do tempo e que sempre existiram, sendo classificada, regulada e limitada longe das discussões e debates acerca da sexualidade. Para tanto, percebemos que o gênero e a sexualidade estão representados nas ações pedagógicos e culturais dos sistemas educacionais, produzindo “Significados que marcam e constituem não apenas o sujeito e as práticas normais, mas também os sujeitos e as práticas significadas na cultura como
“desviantes”, “não-autorizadas”, “anormais” (...).” (FURLANI, 2008, p. 112). Dentre as práticas vivenciadas como “anormais”, destacamos no nosso trabalho a homossexualidade e gravidez precoce.
Diante do exposto, acreditamos que a questão da visibilidade e não omissão da homossexualidade na educação brasileira torna-se indispensável. Abramovay (2004,
p.279) acredita que “a discriminação contra homossexuais, ao contrário das de outros tipos, como as relacionadas a racismo e a sexismo, são não somente mais abertamente assumidas, em particular por jovens alunos, além de ser valorizada entre eles”. Para a autora isso indica uma padronização da masculinidade estereotipada e aversão ao diferente. Por conseguinte, a gravidez precoce é um fenômeno difícil de ser abordado; seja por sua existência dentro da sexualidade humana, trazendo à tona seus tabus e mitos, seja pelo próprio contexto da adolescência, com suas mudanças e inconsequências. Para
Cabral (2003), alguns fatores perfilam dentre aqueles que pode explicar a gravidez na fase adolescente, entre eles: a pobreza, o mercado de trabalho competitivo,