Homeostase
Tendência permanente do organismo manter a constancia do meio interno. Estado de independência relativa do organismo em relação as oscilações do ambiente externo (Claude Bernard).
O organismo vivo depende de um grande número de processos regulatórios para manter constantes as condições de seu meio interno. Este meio interno, no qual estão imersas todas as células do organismo, corresponde ao líquido extracelular (uma solução de cloreto de sódio com concentrações menores de outros íons, como bicarbonato, potássio e cálcio). Uma série de propriedades deste fluido, incluindo pressão, volume, osmolaridade, ph, concentrações iônicas e de outros componentes, devem ser mantidas dentro de faixas estreitas de variação para permitir que as células sobrevivam em condições normais de funcionamento. Estas propriedades, em seu conjunto, são denominadas homeostase, e definem as condições normais de vida de determinado organismo. Os processos encarregados de manter esta homeostase são mecanismos de regulação. Grande parte dos sistemas de órgãos de um organismo está destinada a manter sua homeostase. Assim, o sistema digestivo mantém a constituição do meio interno através da ingestão, digestão e absorção de alimentos como hidratos de carbono, proteínas e gorduras, importantes para a constância dos níveis extracelulares de glicose, aminoácidos e ácidos graxos, por exemplo. O sistema endócrino contribui para a manutenção da disponibilidade de substratos energéticos (ex., glicose, ácidos graxos) e do equilíbrio hidroeletrolítico, entre muitas outras funções. O sistema respiratório mantém a homeostase dos gases oxigênio e gás carbônico no meio interno. O rim é um órgão homeostático por excelência, mantendo o nível interno de grande número de componentes, incluindo concentração dos íons, osmolaridade, ph, etc. Um processo regulatório pode ser representado por um mecanismo básico denominado sistema, consistindo em um grupo de componentes interconectados que