homenagem aos pais
Já nos perdemos contando todas as vezes que nosso coração deu aquela apertada aguda quando um de vocês falou “um dia desses eu não vou estar mais aqui…” É que a gente espera que os nossos heróis sejam imortais e durem pra sempre. Ou, pelo menos, que durem o tempo que a gente precisar deles. Ter vocês é correr um risco desnecessário caso haja aviso. Teimamos tanto em deixar o casaco em casa e pegar um resfriado, que nossa mãe já até coloca na mochila pra gente não esquecer. A verdade é que esquecemos de propósito. É a rebeldia adolescente de quem não entende ainda que lar, um dia, vai virar um lugar longe que a gente visita uma vez por mês. Nossos pais são uma caixa viva de memórias que, por mais repetitiva que seja, sempre vai mostrar uma foto nova de um ângulo diferente. É por vocês que escrevemos hoje em dia sobre as coisas em que acreditamos. É por causa de vocês que temos mania de trocar sextas badaladas por um café e um livro, por conta das proibições que odiamos. Quantas vezes nos momentos de bobeira e desilusão não ouvimos os seus conselhos e com isso nos vimos sem chão.
Todo mundo dando as costas e vocês nos estendendo a mão. Vocês passaram incontáveis noites em claro ao nosso lado e nunca se importaram com isso. Mães, vocês que nos amaram de dentro, vocês que nos amaram mesmo sem saber como era nosso rosto, o som do nosso choro, a cor dos nossos olhos... Pais, precisamos confessar que Batman e o Super Man são pequenos diante de vocês. Hoje somos meio tortos e meio certos, e devemos tudo a vocês. Se algum dia na vida formos metade do que vocês são, seremos grandes pessoas. Aos nossos heróis, um abraço apertado e um “eu te amo” gigante de quem ainda tem muito a aprender sobre a vida.