Holocausto
Foi uma brutalidade com a raça humana, sofriam torturas, eram obrigados a fazer trabalhos forçados ou acabavam morrendo por fome ou doença. Os alvos principais eram judeus, militantes, comunistas, homossexuais, ciganos, eslavos, deficientes motores, deficientes mentais, prisioneiros de guerra soviéticos, membros da elite intelectual polaca, russa e de outros países do Leste Europeu, além de activistas políticos, Testemunhas de Jeová, alguns sacerdotes católicos, alguns membros mórmons e sindicalistas, pacientes psiquiátricos e criminosos de delito comum. Esses grupos não eram considerados humanos para o regime nazista fundado por Adolf Hitler. Como já diz o termo “Holocausto” é utilizado para descrever as grandes tragédias, sejam elas ocorridas antes ou depois da Segunda Guerra Mundial.
Poucos sobreviventes falam sobre o ocorrido, preferem esquecer o drama vivido.
Alguns preferem preservar sua identidade, como relatado a seguir.
Foi difícil convencer V.T., 88 anos, a falar sobre o Holocausto, como percebe-se, sua identidade foi preservada. A justificativa é bastante compreensível. Segundo ele, não há palavras que possam dar a dimensão do que foi a perseguição dos nazistas aos judeus. Foi no campo de Shargorod, onde ele viveu forçadamente de 1942 a 1944, que testemunhou as atrocidades. Havia 15 mil presos entre ciganos e judeus. Esses últimos tinham de vestir o pijama listrado. V.T. acordava às 6 horas para responder à appel (chamada) e, quem não ia, era morto na hora. Às vezes, a chamada demorava horas para ser finalizada, o que fazia com que os mais esgotados caíssem mortos de fome e frio. Também viu os que não tinham mais nenhuma esperança e se grudavam na cerca elétrica de arame farpado para acabar com a própria vida. Os prisioneiros mais velhos do campo, conta ele, ficavam com o serviço mais humilhante: tinham de tirar os cabelos dos mortos e lhes arrancar os dentes. Os alemães comercializavam o cabelo e