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Luciano Valente
Hélice tríplice, este foi o termo cunhado por Henry Etzkovitz em meados dos anos 1990, para descrever o modelo de inovação com base na relação governo-universidade-indústria. Somente através da interação desses três atores é possível criar um sistema de inovação sustentável e durável na era da economia do conhecimento. O modelo surgiu pela observação da atuação do MIT (Massachussetts Institute of Technology) e da sua relação com o polo de indústrias de alta tecnologia em seu entorno. Nesse ambiente a inovação é vista como resultante de um processo complexo e contínuo de experiências nas relações entre ciência, tecnologia, pesquisa e desenvolvimento nas universidades, indústrias e governo. Por isso, expressões como "fronteiras sem fim" e "transição contínua" são associadas ao modelo hélice tríplice. As primeiras publicações sobre o tema aconteceram pela parceria entre Etzkovitz e Loet Leydesdorff, professor da Universidade de Amsterdam. Hoje, a hélice tríplice evoluiu de uma teoria para um modelo, já aplicado em diversos países do mundo, estimulando o surgimento de núcleos de incubadoras, núcleos de inovação, escritórios de transferência de tecnologia, novas leis e mecanismos de fomento, inclusive no Brasil.
Diretor do Instituto de Política Científica, da Universidade do Estado de Nova Iorque, e professor convidado da Universidade de Stanford, Henry Etzkovitz esteve no Brasil em novembro, para participar do "Seminário Hélice Tríplice na América Latina: Conhecimento para Inovação", organizado pela PUC-RS e pelo Fórum Nacional dos Gestores de Inovação e Tecnologia (Fortec). O evento teve como foco a discussão sobre diferentes sistemas nacionais de gestão estratégica da inovação, a longo prazo, nos países do bloco. Etzkovitz falou à Conhecimento & Inovação, sobre o surgimento do termo hélice tríplice, a