HISTÓRICO NACIONAL DAS DESCENDÊNCIAS DO POVO BRASILEIRO E CONCENTRAÇÃO REGIONAL
A Trajetória nacional das descendências nos faz pensar em Darci Ribeiro (1985) quando o autor afirma que sociedade e cultura ainda estão se plasmando no Brasil. A conjunção de três elementos, indígena, africano e europeu possibilitou um novo tecido cultural, que foi e vem sendo diferenciado pelas influências do meio, pelas diversas atividades econômicas, pela criatividade nativa e pela incorporação de outros contextos culturais estrangeiros.
No Brasil Colônia verifica-se o inicio dessa homogeneidade devido às instituições socioculturais, Negros, Indígenas e Brancos forma a Etnia Nacional, produto de uma civilização agrária, urbana e rural. E como nos diz Ribeiro (1985, p. 90) o Brasil nasceu e cresceu “como um proletariado externo das sociedades europeias”, a classe dominante brasileira nada mais fazia se não gerenciá-lo, do nível econômico produtivo ao ideológico.
Desse modo, foram se distinguindo dois planos culturais no Brasil: o erudito, marcado pela raça branca europeia dominante e o vulgar das camadas submissas, mas criativos, mais aberto à convivência humana e ao atendimento imediato das necessidades espirituais. (VANNUCCHI, 1999).
Foi por meio desta cultura vulgar, recheada de elementos indígenas e africanos que o povo brasileiro solidificou a cultura nacional no que tinha assentado na terra e de significativo para toda a população.
Mas com essa miscigenação configuram-se as ideologias de domínio racismo e poder de influência tanto sobre as etnias como a noção de cultura nacional brasileira.
A classe dominante branca ou branca-por-autodefiniççao desta população majoritariamente mestiça, tendo como preocupação maior, no plano racial, salientar sua branquidade e, no plano cultural, sua europeidade, só aspirava ser lusitana, depois inglesa e francesa, como agora só quer ser norte-americana. E conseguia simular, razoavelmente, estas identificações nos modos de