Histórico da Psicoterapia Breve
Até o século XVIII a identificação de doentes mentais era efetuada através de critérios socioculturais imprecisos e foi somente a partir da instituição, na Europa, de locais para o cuidado de doentes mentais, que pôde ser reconhecido o caráter médico de tais perturbações. A escola francesa de Phillipe Pinel instituiu regras de funcionamento hospitalar, enfatizando o cuidado dos doentes através de princípios humanitários, o que foi chamado de Primeira Revolução Psiquiátrica.
A Segunda Revolução Psiquiátrica foi realizada pela Psiquiatria alemã, principalmente por intermédio do trabalho e do esforço nosográfico de Emil Kraepelin, um dos grandes responsáveis pelo desenvolvimento da Psiquiatria moderna.
No final do século passado, Sigmund Freud promoveu o movimento psicanalítico, que poderíamos considerar a Terceira Revolução Psiquiátrica, introduzindo o conceito de inconsciente e de sexualidade infantil, que representavam uma ruptura na forma de compreender a mente humana.
No término do século XX, a Psiquiatria estava atravessando a chamada “Década do Cérebro”, consequência da Quarta Revolução Psiquiátrica, cuja origem remonta à Revolução Bioquímica da Psiquiatria, ocorrida em meados do século XX. Houve o desenvolvimento de novas substâncias de ação psicoativa, não só antipsicótica, mas também antidepressiva, antimaníaca e ansiolítica. Após a década de 70, surgiu um movimento, chamado de Revolução Científica da Psiquiatria, que buscava uma maior cientificidade na abordagem da doença mental como uma tentativa de resposta ao movimento questionador da Antipsiquiatria, da década de 60. A antipsiquiatria considerava que a doença mental não fazia parte do domínio da Medicina, mas sim, das Ciências Sociais; questionava não só os tratamentos psiquiátricos vigentes na época, como também a validade dos diagnósticos psiquiátricos,