Histórico da compostagem no Brasil
Compostagem é o método de reciclagem do lixo orgânico para obtenção de fertilizante natural. Tal método é utilizado de longa data, dentre os benefícios temos a capacidade de diminuir a atividade da matéria orgânica e reestabelecer o balanço de nutrientes nos solos em que se pratica algum tipo de produção vegetal (ROCHA, 2008).
Com o crescimento da população teve-se a geração de mais resíduos, dentre eles os orgânicos que ocasionaram aumento da preocupação referente às formas de tratamento e de disposição final, de modo a não acarretar passivos ambientais (ROCHA, 2008). O processo de compostagem foi o que apresentou maiores vantagens para o tratamento de resíduos orgânicos, principalmente por gerar um produto final que na época tinha interesse comercial, o biofertilizante.
As experiências de compostagem no Brasil tiveram a iniciativa de Dafert em 1988, que foi o primeiro diretor do Instituto Agronômico de Campina. Ele incentivou os agricultores a produzirem um fertilizante natural para recuperação ou enriquecimento de solos, em que pudessem ser utilizados materiais orgânicos de suas propriedades agrícolas. Mais tarde iniciaram-se estudos sobre compostagem na Escola Superior de Agricultura “Luiz de
Queiroz”, com a publicação de livros técnicos relacionados à compostagem (KIEHL, 1985 apud AQUINO et al., 2012).
A compostagem poderia ser feita nas próprias casas ou em usinas, para quantidades maiores. A compostagem doméstica mostrou-se como uma boa alternativa para reduzir consideravelmente a quantidade de resíduos a ser recolhido pelos coletores, contribuindo para um maior tempo de vida útil dos aterros. Esse tipo de compostagem é praticado há séculos, particularmente em regiões rurais, através do aterramento do lixo orgânico (GROSSI, 2002).
As primeiras unidades de compostagem no Brasil foram instaladas no final da década de 1960, eram “usinas de triagem e compostagem”, na qual os resíduos chegavam sem