Histórico da Av Tiradentes (São Paulo)

Histórico A parte compacta da cidade de São Paulo, no ínicio do século retrasado, era limitada pelo interflúvio Tamanduatei-Anhagabaú, parte antiga do atual centro paulistano. Em meados de 1800, São Paulo era uma pequena cidade de importância rural, cuja as principais fontes de renda eram a exploração de produtos da terra, como chá, algodão, mandioca, entre outros e de metais e pedras preciosos. Sua localização em relação ao porto de Santos (que já era um dos mais movimentos da província à época) deu ao município a característica de importante entreposto comercial, passagem obrigatória das tropas de mula que vinham do interior e arredor por estar na convergência das principais estradas da região. A circulação regional também era feita por via fluvial, utilizando-se os rios Pinheiros, Tietê e Tamanduateí. Em 1810 já se encontrava delineado o Caminho da Luz, atuais avenidas Tiradentes e Santos Dumont, que atravessando o cinturão de chácaras que envolvia a cidade, o Tamanduateí e o Tietê, era responsável pela ligação do centro com toda a parte norte do município e outras adjacentes. Por ai vinham às tropas oriundas de Bragança, Atibaia e Nazaré Paulista, povoações que constituíam o “celeiro” da capital. Pode-se, portanto, perceber o significado e a importância que teve o Caminho da Luz como um dos principais eixos de acesso à cidade no século passado, importância esta acentuada em 1949, pela primeira retificação do Tamanduateí exigindo a suspensão de sua navegabilidade e tornando a ligação por terra a única possível entre o trecho mais próximo do rio Tietê, a Norte (que ainda permaneceu navegável por mais um período de tempo). A primeira atualização da planta de cidade de São Paulo, de 1841, já trazia as alterações instaladas ao longo do Caminho da Luz, no sentido Centro-Tietê; o “centro de correção” (do lado esquerdo,que mais tarde viraria um complexo militar e hoje o quartel da ROTA), o Jardim Público (atual praça da Luz) e o Convento da Luz (atual Mosteiro da