História e literatura da introdução ao novo testamento: uma breve síntese dos seus primórdios (parte 1)
Tanto a igreja dos primórdios como a da Idade Média apenas esporadicamente demonstraram interesse nas circunstâncias da composição dos livros do NT relacionadas com o problema do cânon (prólogo às epístolas paulinas e aos evangelhos, cânon de Muratori, Orígenes, Dionísio de Alexandria). Os Introductores scripturae divinae (Ticômio, Agostinho, Adriano, que cerca de 450 escreveu uma Introdução aos Escritos Divinos, Euquério, Junílio Africano), reunidos por Cassiodoro, são mais expositores que propriamente introdutores. Logo, a pesquisa científica têm início no período da Reforma Protestante.
Reforma:
No período da Reforma surgiram, entre católicos e protestantes, estudos sobre a origem dos livros canônicos do Novo Testamento.
Surge nesta época a Crítica Textual com Richard Simon, oratoriano, nas suas três obras sobre Histoire critique do Nouveau Testament (1689-1693). Estas obras abriram o caminho para uma introdução do Novo Testamento de caráter científico.
Simon tratou da tradição manuscrita e da origem de cada escrito em particular. Este viés da pesquisa fez surgir o interesse na análise do Novo Testamento sob o viés histórico.
Análise sob o ponto de vista histórico:
O primeiro autor a tratar o texto neotestamentário sob uma incipiente crítica histórica foi J. D. MICHAELIS, na obra Einleitung in die göttlichen Schriften des Neuen Bundes (1750, 4a ed. 1788). percebe-se nesta obra claramente a influência de Simon.
Após as pesquisas de Michaelis, J. S. SEMLER publicou Abhandlung von freier Untersuchung des Canon (1771-1775) – nesta obra, Semler trata da origem histórica do cânon do Novo Testamento.
A pesquisa alcançou maior desenvolvimento com J.