História Economica Geral - Capítulo 11
Entre 1870 e 1913 novos avanços tecnológicos (barco a vapor, ampliação das redes ferroviárias e o telégrafo) tornaram mais próximas as partes do mundo, e a Segunda Revolução Industrial colocou no mercado novos lugares pois necessitou utilizar novas matérias-primas, também tirou o foco da divisão internacional da Grã-Bretanha pois outros países passaram a se industrializar.
11.1 – A GRÃ-BRETANHA NA ECONOMIA MUNDIAL A Grã-Bretanha era um dos únicos (Bélgica concorria em alguns setores) países industrializados na época e era o maior produtor de carvão, ferro, aço, tecidos e algodão e produtos metalúrgicos no mundo, sendo que os demais países tinham a Grã-Bretanha como um importante importador da sua matéria prima primária. O país praticamente monopolizava o mercado internacional que durou até a metade do século XIX, quando outros países também se industrializaram e viraram concorrentes forçando assim a Grã-Bretanha a buscar outros mercados inclusive a América Latina. Essa concorrência causou um déficit comercial para eles porque a maior parte de sua matéria prima era importada. E para supera-lo apostaram em investimentos externos, basicamente empréstimos.
A industrialização americana e alemã estava mais acelerada que a britânica devido também ao fato de estes países formarem mais técnicos e universitários que a Grã-Bretanha numa fase em que os novos ramos industriais demandavam maior conhecimento científico.
11.2 – O SISTEMA MONETÁRIO INTERNACIONAL: PADRÃO OURO
O padrão ouro foi adotado entre 1870 e 1914, e concorreu por certo tempo com o bimetalismo (moedas de prata e ouro) mas perdeu força e adotou-se o padrão ouro. Para facilitar as transações internacionais os países seguiam o peso de ouro de cada moeda segundo o mercado britânico. Mas isso não significa que existiam somente o ouro como moeda, entretanto o papel-moeda deveria ser uma garantia de que pudesse ser trocado por