História do Trabalho
O trabalho é uma necessidade natural e étnica da raça humana, sem a qual o homem não pode existir. Diferente dos animais irracionais, que se adaptam passivamente ao meio ambiente, o homem atua sobre ele ativamente, obtendo os bens materiais necessários para sua existência com seu trabalho, que inclui isso e a fabricação de ferramentas especiais. A sociedade não escolhe estes instrumentos ao seu arbítrio, cada nova geração recebe os instrumentos de produção que foram criados por gerações anteriores que ela e usa, modifica e melhora.
O progresso desses instrumentos obedece a uma certa ordem de sequência. A humanidade não pode passar diretamente do machado de pedra para central atômica, cada melhoramento ou invento é consequência dos anteriores, tem que se apoiar na gradativa acumulação de experiência produtiva, de hábitos de trabalho e de conhecimento dentro da própria comunidade ou de outra comunidade mais avançada. Repetimos que os instrumentos de trabalho não funcionam sós, e que o papel central no processo da produção corresponde aos trabalhadores que criam e colocam em ação esses instrumentos com seu esforço e experiência laboriosa.
A produção não é obra do homem isoladamente, tem sempre caráter social. No processo de produção de bens materiais, os homens, com ou sem vontade, acabam se relacionando de uma forma ou de outra, e o trabalho de cada produtor converte-se numa partícula do trabalho social, até nas sociedades mais primitivas e com maior fundamento, nos processos industriais mais avançados.
Assim a humanidade tem conhecido quatro regimes diferenciados de relações de produção: comunidade primitiva, escravidão, feudalismo e capitalismo, sendo que existiu uma experiência de um regime comunista cuja primeira etapa é o socialismo.
REGIME DA COMUNIDADE PRIMITIVA
O regime da comunidade primitiva é, historicamente, a primeira forma que a sociedade adota logo que o homem separa-se do mundo propriamente animal, quando num longo