HISTÓRIA DO SERVIÇO SOCIAL
Primeiramente as famílias tinham a responsabilidade de educar seus filhos, dentro de seu meio social. Por mudanças sociais estavam acontecendo, obrigando as mulheres a entrar no mercado de trabalho, revertendo a lógica de que o homem participava como principal engrenagem no desenvolvimento da sociedade. Com o envolvimento feminino no mundo do trabalho, uma nova organização familiar foi imposta, alterando a relação entre os sexos. Consequentemente, as crianças foram levadas para outros espaços, visando seu cuidado e proteção.
A descoberta da infância começou sem dúvida no século XIII, e sua evolução pode ser acompanhada na história nos séculos XV e XVI, surgindo novos modelos educacionais que foram criados para responder os desafios estabelecidos pela a maneira como a sociedade europeia se desenvolvia. No período Renascentista ocorreu o desenvolvimento científico, a expansão comercial e as atividades artísticas, estimularam o surgimento de nova educação sobre a criança e sobre como deveriam ser educada (ARIÉS, 1981 p. 65). Autores como Erasmo (1465 – 1530) e Montaige (1483 - 1553) sustentavam que a educação infantil deveria respeitar sua natureza, estimular a atividade da criança e associar o jogo à aprendizagem. Ainda de acordo com o relato de Ariés (1981) o autor afirma que até mais ou menos por volta do século XVI, não existia a particularidade da consciência sobre o universo infantil. A concepção de infância, até então, baseava-se no abandono, pobreza, favor e caridade, desta forma era oferecido atendimento precário as crianças; havia ainda grande número de mortalidade infantil, devido ao grande risco de morte pós-natal e às péssimas condições de saúde e higiene da população em geral, e das crianças em particular.
A primeira fase (1874 – 1889) é marcada pelo fato da criança começa a ser vista como um individuo social, e a família passa a se preocupar com sua saúde e educação. Com a revolução Industrial no