História do Espírito Santo
A PROVÍNCIA DO ESPÍRITO SANTO
Para contextualizar o Espírito Santo usaremos, entre outros autores, Basílio Carvalho Daemom, que reuniu em sua obra “Província do Espírito Santo”, 1879, alguns aspectos físicos que demonstram o Estado durante o século XIX, bem como Maria Stella de Novaes e José Teixeira de Oliveira que tratam de questões econômicas e políticas, fazendo assim uma recapitulação geral do Estado. Já em relação as Irmandades de Vitória, pretendemos primeiramente, contar um pouco de sua história e fundação, caracterizá-las segundo suas atribuições e demonstrar o trabalho social desenvolvido por estas instituições. Para tal, lançaremos mão das obras de Elmo Elton – “Velhos templos de Vitória” e outros temas “capixabas”, “São Benedito sua devoção no Espírito Santo” e Walace Bonicenha – “Devoção e caridade”.
1.1 A CONJUNTURA POLÍTICO-ECONÔMICA DA PROVÍNCIA DO ESPÍRITO SANTO
Este ponto consiste em uma pequena análise da história do Espírito Santo que compreende o início do período colonial até meados do século XIX. Num primeiro momento, aborda-se as principais características da chegada do colonizador e as dificuldades para se efetivar a ocupação do território, destacando a colonização efetiva. Em seguida, enfatizaremos a introdução da cultura cafeeira em detrimento da produção do açúcar, uma vez que as condições necessárias para o desenvolvimento dessa cultura foram estabelecidas, levando em consideração a ocupação das terras capixabas. Em seguida vislumbraremos, de uma forma mais detalhada, as primeiras três décadas do século XIX, afim de nos situarmos no universo daquela sociedade.
1.2 ANTECEDENTES: A COLONIZAÇÃO DA CAPITANIA
No dia 1º de julho de 1534, D. João III, rei de Portugal assinou carta de doação atribuindo 50 léguas de terras na costa brasileira a Vasco Fernandes Coutinho. Era a Capitania do Espírito Santo. Ela se estendia até a linha de Tordesilhas, limite de expansão dos territórios de Portugal e Espanha. A Capitania tinha