História do Blues
Blues é uma forma musical vocal ou instrumental que se fundamenta no uso de notas tocadas ou cantadas numa frequência baixa, com fins expressivos, evitando notas da escala maior, utilizando sempre uma estrutura repetitiva.
O gênero surgiu nos Estados Unidos a partir do século XVII, quando os escravos negros da região sul faziam canções de trabalho nas plantações de algodão e outras músicas relacionadas à sua fé religiosa, geralmente espírita. O conceito de "blues" só se tornou conhecido depois do término da Guerra Civil Americana, período em que passou a representar a essência do espírito da população afro-americana.
Considerado o "pai do blues", W. C. Handy, provavelmente ouviu este tipo de música pela primeira vez em 1903, quando viajava e observava um homem tocando seu violão com um canivete. Porém, o primeiro artista popular do gênero foi Charley Patton, na década de 20. Posteriormente, surgiram outros nomes, como Son House, Willie Brown, Leroy Carr e Bo Carter.
Procurando melhores condições de vida e oportunidades, no início de 1940, uma grande parte dos negros americanos emigrou para Chicago, levando o blues juntamente com eles. Com o uso de instrumentos musicais elétricos, uma gama enorme de novas possibilidades se abriu, permitindo que os adeptos ao gênero pudessem alcançar voos mais altos.
Nesta época surgiu o primeiro músico do blues a ter reconhecimento fora da Inglaterra e a ter eletrificado todos os instrumentos de sua banda: Muddy Waters, o qual foi uma grande influência para famosas bandas, como The Beatles e Rolling Stones.
Além de ter sido um dos primeiros a eletrificar a guitarra no blues, John Lee Hooker foi o precursor do Blues de Chicago, tendo como marca registrada seu estilo falado de cantar.
Ainda podemos citar o surgimento de outros importantes músicos nesse período como, por exemplo, Willie Dixon, com seu baixo acústico tradicional e sua voz grave, sendo considerado o "poeta do blues”; e Howlin' Wolf,