História de Aquidabã
Claudiney Silvio Gomes de Oliveira (*)
Depois que conquistou Sergipe em 1590, Cristóvão de Barros organizou a administração da nova Capitania, doa em sesmaria as terras do Norte para o seu filho Antônio Cardoso de
Barros, esse território ia do Rio Sergipe ao Rio São Francisco.
No princípio do século XIX, na região onde hoje se encontra a sede do município, parentes de Antônio Cardoso de Barros implantaram uma fazenda de gado, algumas casas e também um cemitério, este cemitério situava-se bem próximo à estrada real que cortava o sertão indo até o Rio São Francisco, é bem provável que este cemitério servia para sepultar todas as pessoas que morriam na localidade e povoações próximas.
Sabe-se ainda que em frente ao cemitério existia uma frondosa árvore, onde o tronco servia para que senhores amarrassem escravos e mulatos desordeiros para os castigar. O referido cemitério localizava-se onde hoje está o centro comercial de Aquidabã, mais ou menos onde está localizada a praça de eventos.
O local ficou conhecido pelos que por ali passavam como Cemitério.
As instalações da fazenda de gado localizavam-se onde hoje está o Cemitério Paroquial e em frente a esta fazenda foi erguida uma Santa Cruz (capelinha) que depois fora ampliada, dando-se como padroeira Nossa Senhora Sant’Ana. Com isso a povoação passa a se chamar
Sant’Anna do Cemitério.
Em 1857, o povoado achava-se desenvolvido ao ponto de contar com mais de 30 crianças em idade escolar, sendo criada a primeira Escola Pública de Ensino Primário, em sua sede pela
Lei nº. 464 de 12 de março de 1857.
Já no ano de 1872, pela Resolução de nº. 930 de 11 de abril, a povoação deixava de ser eclesiasticamente dependente de Santo Antônio do Propriá e passava a ser elevada à categoria de Freguesia com o nome de Sant’Anna do Aquidaban.
Por que o nome Aquidabã?
De 1865 a 1870 o Brasil esteve em guerra com o país vizinho, Paraguai, foi um período de grande aflição para os