História da Riqueza do homem - livro
Na consolidação da indústria ganha destaque o chamado “atravessador”. Este que recebia o produto terminado e tinha a tarefa de vendê-lo no mercado. Porém, a maneira que a procura crescia, extrapolando os limites dos monopólios das velhas corporações, esses atravessadores ganhavam destaque. Como eram eles quem tinha um maior contado com o mercado, normalmente percebiam as necessidades desse mercado, e procuravam modificar o produto para atender as exigências dos clientes. Entretanto, tal ação não era aprovada pelas corporações justamente por configura-se como quebra de monopólio.
Muitas medidas foram tomadas pelas corporações, para de forma legal impedir o crescimento desses que realmente são os principais responsáveis por suplantar a velha forma de produção corporativa local, manufaturado, para a indústria moderna. Mas esta nova classe sempre encontrava maneiras de burlar a lei, uma delas era procurar as regiões rurais mais afastadas das cidades, para assim poderem produzir. Como descreve Leo Huberman, esses intermediários levavam a matéria-prima para o campo onde era fácil conseguir pessoas que tinha perdido suas terras estavam sem nenhum meio de sustento, para trabalhar em seus próprios barracos e ganhar o seu alimento.
Com o constante aumento do mercado, esses homens cresceram o suficiente para, ao invés de seus empregados trabalharem em seus próprios “lares”, os intermediários produtores agora construíam imensos locais onde iam abrigar seus empregados. Esse germe da indústria moderna absorveu ao menor custo possível boa parte dos mendigos que rondavam as cidades e matas como mencionado acima. Nessa nova ordem produtiva que desponta, tudo é permitido desde que aumente o lucro do dono do negocio.