História da Música
Programa de pós-graduação em História Social
Trabalho final individual da Disciplina
DISCIPLINA:
Narrativa Histórica e Linguagem Musical: a Interdisciplinariedade como Abordagem para Construção de Análises e Interpretações
Professor: Carlos Gonçalves Machado Neto
Discente: Rodrigo Francisco de Oliveira.
NUSP: 2909719
Jaz no século passado toda a nobreza espantada pela pseudo-crítica que não pôde alcançá-la. E dentro de cada caverna mítica onde ecoam os sons ruidosos do passado já não mais tão atraentes e bêbados, outros novos espaços se criam e reverberam novos sons, novos sonhos. Enquanto a vanguarda caseira vai à desforra fomos todos passear como cordeiros de óculos ululantes nos portões de Toulouse, mas não nos porões de nossas próprias ruínas. Viver a época dos novos em campos ainda não totalmente dourados não significa em termos essenciais ou pragmáticos fazer escolhas belas. A beleza perdeu seu lugar para o novo. Esse novo não vem ancorado nas surdinas das belas trombetas. Esse novo vem livre como no jazz de Miles Davis, no dodecafonismos e nos minimalismos que vão além dos silêncios proféticos de John Cage.
Adentrar o novo século e olhar para os séculos passados com um caleidoscópio mais humilde e ao mesmo tempo meticuloso, que ao tentar resolver problemas de essência acaba mergulhado em fronteiras de interrogações tonais, ficcionais, paradigmáticas, pode e deve significar novas possibilidades de angústias. As nossas escavações vão além do olhar do antropólogo e da própria paleontologia. Nossas novas empreitadas vêem nas prerrogativas da psicanálise, nas releituras dos modelos gregos até ontem postos. Nas folhas esparsas da própria lingüística a fresta que promove a dissolução das regras anuncia com batidas de tambores e não de arautos o novo nome da rosa.
Não, não nos vemos mais no espelho das formas obsoletas, não nos deveríamos deixar acreditar