História da Música - Música Aleatória
No século XX, várias tendências e estilos musicais se estabeleceram. Entre as tendências e técnicas estabelecidas nesse período, temos o impressionismo, nacionalismo, influencias jazzísticas, politonalidade, atonalidade, expressionismo, serialismo, neoclassicismo, microtonalidade, música eletrônica, e música aleatória. Os princípios da música aleatória foram desenvolvidos pelo norte-americano John Cage, no inicio da década de 50, que aproveitou propostas paralelas, apresentadas por Pierre Boulez. Outros compositores, como Xenakis, utilizaram o computador e a matemática como parte do processo de criação (Música Factral). Outros percursores como Luigi Nono, Luciano Bério e György Ligeti, também foram de grande importância para a música aleatória. Na medida em que o compositor deixa ao interprete a liberdade de improvisar, este participa da criação da obra, que se renova a cada execução, ou seja, uma obra pode ser ou não interpretada da mesma forma. Podemos fazer uma analogia com uma prática lúdica de composição dos séculos XIII e XIX, tendo Mozart como percursor. O termo aleatório não é sempre empregado à música cujo compositor não mantém total controle sobre a obra. Nas peças onde certas decisões são deixadas para o executor, mas não são resultados do acaso, os termos música indeterminada ou aleatoriedade limitada são usados algumas vezes. A Música aleatória ainda é feita com frequência, um exemplo disso é a banda internacional Radiohead, que utiliza rádios sintonizados durante as performances de “National Anthem”.
John Cage
John Milton Cage Jr. foi um compositor, teórico musical, escritor, amante da anarquia e artista americano. Um dos principais percursores da música aleatória e pioneiro em eletroacústica. Estudou com Henry Cowell (1897-1965) e Arnold Schoenberg (1874–1951), ambos conhecidos por suas inovações radicais na música. Conhecido por utilizar instrumentos nada convencionais, teve grande influência da