História da Moeda
1. Nas economias primitivas os humanos viviam sob padrões simples de atividade econômica, suas necessidades eram limitadas e voltadas apenas para itens vitais. Geralmente nômades, ao recorrerem à atividade de troca a tendência era de dupla coincidência de desejos, visto que, os itens eram os relacionados à alimentação e proteção. Dessa forma, as trocas eram diretas, sem necessidade de intermediação. Contudo, essas relações foram alteradas com a mudança de costumes desses povos, passando de nômades para sedentários. A divisão do trabalho, organização da agricultura e a criação de animais proporcionaram uma vida social mais complexa e as necessidades dos indivíduos seguiram essa tendência. Com o aumento de bens e serviços necessários para a satisfação das pessoas, a dupla coincidência de desejos se tornou mais difícil e a interdependência uma característica do grupo social. Como consequência o escambo deu lugar a processos indiretos de pagamento, onde um produto de ampla aceitação intermediava a troca de outros bens. Surgiu assim a moeda, que conceituasse como um bem econômico que desempenha as funções básicas de intermediário de trocas.
2. Numa economia onde fossem oferecidos 500 produtos diferentes, as trocas diretas seriam muito difíceis. A primeira condição para a troca direta é a dupla coincidência de desejos que se torna mais difícil conforme a variedade de bens aumenta. Com a ausência da coincidência de desejos as trocas não ocorreriam ou prejudicaria um dos agentes. Ao inserir um denominador comum de valores nas atividades de troca essas relações se tornaram mais justas e viáveis. Um produto de aceitação geral pode, dessa forma, intermediar as trocas conforme as necessidades dos agentes e sem ônus para nenhuma das partes.
3. Sim. Com a moeda como intermediaria cada bem tem seu valor determinado de acordo com a própria moeda e não em relação a cada bem existente para a troca, como acontecia no escambo. Dessa forma, os bens têm seus valores