História: da literatura a ciência
A primeira concepção de História surge na Grécia antiga através do método investigativo desenvolvido por Heródoto de Halicarnasso. Usando como exemplo a guerra do Peloponeso e as guerras Médicas, Heródoto dará o passo inicial para romper com a história mitológica e literária de sua época e o nascimento da história puramente investigativa, o mundo que pode ser comprovado; o mundo da História.
Essa História desenvolvida por Heródoto irá dar margem ao coletivismo, diferente da história literária, que ressalta a imagem de um líder e se desenvolve a partir da pólis, ou seja, da própria cultura humana. Além disso, a história de Heródoto é narrada em terceira pessoa, onde a figura do historiador aparece somente como observador. Essa observação não se resume somente ao presente, mas toma uma visão do passado, pois ele acredita que a História deve servir de reflexo para futuras gerações, de forma que não pode ser apagada e nem deve cair no esquecimento.
Em contrapartida a Heródoto, surge Tucídides. Tucídides irá tratar Heródoto como mitólogo e que sua História serve somente para agradar a audição, ou seja, trata-se de um discurso persuasivo. Tucídides irá desenvolver o método de escrita da História, baseado em causa, fatos e consequências, além disso, restringirá o campo de observação apenas ao que lhe é contemporâneo. Por negar esse passado, Tucídides recebeu muitas críticas, pois tratava a História como absoluta, negando outros pressupostos.
No período renascentista, surge uma nova classe de historiadores, os eruditos. Estes irão adotar novos métodos além da literatura para o estudo da história, tais como a numismática, a arqueologia, a genealogia e etc., Essa classe, tem como objetivo comprovar suas convicções politicas usando documentos provenientes da Antiguidade, através da pesquisa objetiva e detalhista. Um dos casos mais conhecido é o de Lorenzo Valla, que através da diplomática (estudo detalhado dos documentos) e da