história da dança
Dança, Escola e Educação referências para o ensino-aprendizagem
Luiza Monteiro de Souza,
Entender uma prática docente em qualquer que seja o campo das artes requer primeiramente uma compreensão a respeito das variáveis que compõem o contexto desta prática. Uma das variáveis de bastante relevância para esta análise são os sujeitos implicados no processo artístico como um todo. Tomando os sujeitos como ponto de partida para um estudo mais específico de uma prática docente em Dança dentro do âmbito escolar, faz-se necessária a discussão a respeito de um ponto fundamental para o desencadeamento desta reflexão: o corpo.
O corpo sempre foi um conceito bastante discutido e teorizado no que concerne à pesquisa em Dança. Não somente a área das artes, mas também, outros universos como o filosófico, o antropológico e o religioso, sempre demonstraram interesses em desvelar e refletir sobre as questões inerentes à formação e constituição corporais.
De acordo com os mais diversos conceitos de corpo compreende-se que este não é algo acabado e, portanto, está em constante processo de modificação. Estas modificações são provenientes do estado de corpo no mundo que o cerca, pois o meio está no corpo assim como o inverso também acontece.
Neste sentido, Merleau-Ponty (1994,
p. 204) diz que “o corpo é o veículo do ser no mundo, e ter um corpo é, para uma
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pessoa viva, juntar-se a um meio definido, confundir-se com alguns projetos e engajar-se continuamente neles”.
Complementando a afirmação de
Merleau-Ponty, Daolio (2000, p. 39) comenta que “o homem, por meio do seu corpo, vai assimilando e se apropriando dos valores, normas e costumes sociais, num processo de inCORPOração”. O professor, durante o desempenho de seu papel frente ao compromisso com o ensino em Dança, e fundamentalmente imbuído de sua função de educador, não deve alijar-se do desenvolvimento de um processo que torne o aluno